27 dezembro 2010

A democratização das práticas desportivas

Gostaria também dar relevo à notícia publicada hoje pelo Jornal Público, a propósito da inexistente disseminação de clubes da I Liga no interior de Portugal, ao mesmo tempo que dava o exemplo de como um clube do interior, no caso o Campomaiorense, conseguiu criar uma rentabilidade desportiva a favor da população, desvinculando-se da prática do futebol profissional e implementando, no seu lugar, novas actividades desportivas, democratizando o seu acesso e as suas práticas.
Estamos perante uma opção verdadeiramente democrática.
Porquê, neste contexto sociológico, desenvolver uma única prática desportiva que, num ano, envolvia pouca gente e muito dinheiro, quando, pelo mesmo período, se pode gastar o mesmo, envolvendo centenas de pessoas senão mesmo toda a população de Campo Maior e conselhos limítrofes.
É uma opção sustentada por uma consciência colectiva de desenvolvimento local, cujo exercício envolve sem dúvida nenhuma os dirigentes do Clube Campomaiorense, a autarquia e, naturalmente, uma personalidade que há muito, mas muito tempo, nos ensina como contextualizar a solidariedade nos negócios e na vida. Refiro-me ao Comendador Rui Nabeiro.
Campo Maior beneficia assim de infra-estruturas para a prática desportiva e dá o exemplo de como se podem rentabilizar equipamentos, colocando-os ao serviço da comunidade.
Em Campo Maior, tenho a certeza, a solidariedade é um valor absoluto.