22 julho 2012

A MULHER NA GUERRA COLONIAL

A MULHER NA GUERRA COLONIAL

APELO A UMA COLABORAÇÃO

A Guerra Colonial também teve combatentes que pouca gente se recorda ou pelo menos fala deles. Neste caso, delas, das Mulheres! Há alguma bibliografia sobre esta temática, mas anda em torno da poética e do romance e um ou outro testemunho. Com efeito as Mães, as Irmãs, as Namoradas ou as Esposas estiveram numa retaguarda que pautou também por um profundo desgaste, por uma permanente ansiedade e desespero e também, infelizmente, pelo luto. Fiz a guerra em África (Guiné) entre janeiro de 1971 e março de 1973 e sei o que os meus pais, especialmente a minha mãe, que era quem me escrevia, mas também a minha jovem irmã, sentiam pela experiência que eu vivia naquele momento. Ainda está por fazer, com algum rigor científico, este trabalho de investigação: o que sentiram e transmitiram as Mulheres portuguesas na sua condição de familiar directo de um jovem combatente em África? Como no final deste ano civil passarei para um outro ciclo da minha vida, a reforma, gostaria de ocupar esse tempo com esta fascinante tarefa. Assim solicitava aos(às) meus(as) amigos(as) que me ajudassem. Se são familiares directos, indirectos ou ainda amigos, de Mulheres que viveram esse drama, ter tido um filho, um irmão, um namorado ou esposo na guerra de África, as pudessem abordar com meia dúzia de questões que passo a referir:

QUESTIONÁRIO
1º - grau de parentesco; 2º - idade; 3º - habilitações; 4º - o que pensaram e pensam ainda sobre a Guerra Colonial que afectou a sociedade portuguesa, e naturalmente, os povos das ex-colónias) Era uma guerra justa? Injusta? Porquê? Fez algum sentido? 5º - o que sentiram quando O seu ente querido foi mobilizado e partiu? 6º - quantas vezes por mês lhe escrevia? 7º - quantas vezes por mês recebia carta dele? 8º - do que lhe falava ele com mais consistência? Dos ataques/combates? Da calma e paisagem africana? Dos medos? Das relações entre camaradas? 9º - o que escrevia ao seu ente querido? Falava-lhe do dia-a-dia da família? Dava-lhe conselhos? Falava-lhe dos seus receios ou medos?10º - o que sentiu quando o viu chegar perto de si? 11º caso, infelizmente, o seu ente querido não tenha regressado, diga como encarou esse momento? E como o encara ainda hoje? Obrigado. Agradeço o envio destas respostas, se possível organizadas desta forma, para o endereço ( afpbento@gmail.com )