18 maio 2011

GOSTAVA DE SER UM POETA POPULAR PARA DIZER NAS SUAS DÉCIMAS O QUE NÃO CONSIGO DIZER NAS MINHAS

Mote

Vivi sempre um Abril novo
Pensando na felicidade
Foi uma aposta do povo
Lutar pela liberdade

I

Da guerra não me livrei
E o que isso me fez sofrer
Mas também me fez crescer
Com trabalho sempre ganhei
Simpatias eu conquistei
Em tudo quanto era povo
E até me deu algum gozo
Com uma luta constante
Que não me punha distante
Vivi sempre um Abril novo

II

Nunca fui proletário
Sonhava em ser artista
Mas também fui campista
Como meu pai operário
Não sendo o nosso rosário
Era a nossa verdade
Via longe a igualdade
Que não chegava de vez
Mas olhava com altivez
Pensando na felicidade

III

As gerações vão passando
Pelo tempo e com paixão
Nestas coisas a razão
Dorme às vezes em lume brando
Sem se deixar quedando
Aquilo que parece novo
Às vezes não é de todo
Uma mudança afinal
Mas não ser tão radical
Foi uma aposta do povo

IV

Do meu passado ao presente
Há um valor que me assiste
E a tudo ele resiste
Ser solidário consciente
É estar próximo não ausente
Os valores da humanidade
São nobres e sem idade
Construir um homem novo
É para orgulho do povo
Lutar pela liberdade