21 maio 2010

OS NOVOS TEÓRICO-PRÁTICOS DA ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL

Depois de ter participado nos encontros informais de Animação Sociocultural (ASC) de Aveiro e do Funchal e dos Encontros institucionais das Escolas Superiores de Educação de Beja e de Portalegre, em que a frequência dos estudantes de ASC e dos Animadores Socioculturais a trabalharem nas organizações foi um marco de referência pela afluência, participação e interesse, começa a surgir, nestes jovens profissionais, a ideia de que é urgente definir-se e dignificar-se a sua profissão.
Manifesto o meu regozijo pelo aparecimento, neste momento, de um conjunto considerável de jovens animadores socioculturais que manifestam, não só o seu interesse pelo salário e emprego, o que é legítimo, mas também que iniciam uma preocupação de ordem epistemológica, consubstanciada na forma como problematizam a ASC, partindo muito das suas experiências práticas no terreno para uma reflexão que se vai inserindo e definindo cada vez mais como um corpus teórico da Animação Sociocultural.
Estou convencido que o apelo por mim feito, nos últimos meses, sobre a urgência e a necessidade do aparecimento de mais bibliografia, no mercado editorial, que possa contribuir para uma maior definição do que é Animação sociocultural e para uma eficaz identificação dos perfis e competências dos animadores socioculturais, trará resultados, traduzidos em novos instrumentos e conceitos produzidos noutros territórios para além da academia.
Estes(as) Animadores Socioculturais que participaram nos Encontros como conferencistas não podem perder o entusiasmo, pelo contrário, está nas suas mãos o futuro da profissão, uma vez que farão parte do novo e jovem grupo de pessoas que continuarão a teorizar a Animação Sociocultural. Podem ter a certeza que contarão sempre com o apoio incondicional dos mais velhos e experientes que, nos campos da teoria e da prática, teimam em querer passar o testemunho da responsabilidade histórica de uma profissão cada vez mais emergente.