12 novembro 2009

O ECO TEM SENTIDO

Antes de mais admiro a coragem da resposta ao repto que conduzia ao exercício de reflexão sobre as práticas profissionais do Animador Sociocultural.
Apesar de vir de um blogue, http://animasocioculturaleinsularidade.blogspot.com e de alguém que o utiliza regularmente como um instrumento de reflexão e divulgação da Animação Sociocultural (ASC), Albino Viveiros, Animador Sociocultural na Região Autónoma da Madeira, considero importante a publicação em livro de todo e qualquer objecto sobre ASC, nesta altura ainda com uma certa indefinição profissional e também de alguma indefinição da prática da ASC.
Sabe-se que as Editoras não estão disponíveis para publicarem todos os objectos do saber e do conhecimento e isso poderá ser um factor de desmotivação da escrita e da própria reflexão e teorização da ASC.
Felizmente começam a surgir Editoras on line que permitem a publicação de obras com a chancela de Edição de Autor a um preço irrisório, e cujos conteúdos ficando em on line poderão ser submetidos a download ou, melhor ainda, poderão ser transformados em suporte livro construído na totalidade pelo seu autor e vendido à unidade. Uma Editora, entre outras, que permite a publicação desses trabalhos: http://www.bubok.es/librerias/mapas .
Sobre a reflexão de Albino Viveiros. Para além de uma consciência profissional profunda e, naturalmente, de uma competência sistematicamente demonstrada pelas iniciativas que leva a cabo na Região Autónoma da Madeira, gostaria de me referir a um aspecto que considero essencial.
Para acontecer Animação Sociocultural é fundamental que existam pessoas. Aliás, é com elas e para elas que a ASC existe. Mas existe uma outra questão essencial que são as correctas decisões políticas, nomeadamente: dar importância à existência da ASC e ao exercício da função profissional; considerar importante e emergente a construção de espaços comunitários que se constituam como locais de socialização, de experimentação, de partilha e de crescimento individual e colectivo; finalmente, incentivar e financiar projectos que se constituam como percurso do desenvolvimento social e cultural local, regional, nacional e universal.
A breve reflexão de Albino Viveiros que nos enuncia uma vontade de teorizar as suas práticas, levando-as a par com um trabalho de conjunto com os académicos, reenvia-nos para a ideia de que há, efectivamente, contextos práticos capazes de inovarem conceptualmente o actual quadro do exercício da ASC e da função do Animador Sociocultural.
Apontou dois que registei como essenciais:
- a consciência e a necessidade de reflectir e mudar as práticas, funcionando como contributo de inovação conceptual,
- as decisões políticas capazes de irem ao encontro dos interesses e necessidades das populações em matéria de ASC. Pelos vistos a Região Autónoma da Madeira está a entender melhor o papel da ASC no desenvolvimento Local.