20 outubro 2009

(...) mais independente... como se tivesse deixado de o ser alguma vez

Sessenta anos iniciam um novo ciclo da minha vida. Ao mesmo tempo que tenho consciência de que é o Outono da vida a emergir, não perco a vontade de sentir e de provocar a energia que me transporta à minha evolução e aprendizagem permanente de ser humano.
Quero continuar a estar à altura dos meus projectos, envolvendo neles a esperança, a saúde se me for permitido e, sobretudo, os meus familiares e os meus amigos. Tenho consciência de que é uma nova etapa que, suportada pelo que já vivi, será saboreada com a serenidade própria de quem vai construindo paulatinamente o futuro que já é ali.
Vou continuar a estar atento ao que me rodeia, melhorando no meu dia-a-dia os valores que me foram incutidos pelos meus pais, professores, amigos e também pelo meu país e pelo mundo.
Assim quero continuar a defender a solidariedade como um princípio absoluto de amor fraterno. Vou continuar a participar numa ideia de democracia plena que nos leve a um aperfeiçoamento da liberdade e da igualdade de oportunidades.
Enfim, quero tornar-me num cidadão ainda mais responsável e mais interventivo. Para isso contarei sempre com o apoio de todos os que acreditaram e acreditam em mim. Quero continuar a merecer da sua parte o respeito e a admiração porque, isso, faço questão de o mostrar, no meu dia-a-dia, também com a mesma intensidade.
PS: A minha prenda dos 60 anos foi invulgar. Concluí, ontem mesmo, o exame de condução que me permitirá ser um pouco mais independente.
Como se tivesse deixado de o ser alguma vez.