06 abril 2009

HUMANIDADE COMUM

OBAMA fez, em Praga, um discurso que cativou os jovens. A sua mensagem estruturava uma ideia de Humanidade Comum e reforçava os elementos positivos da Globalização. Sabemos, hoje, que esta é uma realidade irreversível, infelizmente mais ao serviço de uma Nova Ordem Mundial Económica que defende o interesse dos grandes grupos económicos e dos mais ricos do planeta que, como sabemos, são a minoria das minorias.

É importante que a Globalização estruture, definitivamente, um discurso político assente na tal ideia de Obama, a Humanidade Comum, e que implemente sim, uma Nova Ordem Mundial Política ao serviço da maioria da população do Planeta.

É aliciante ouvir este conceito, mas difícil será implementá-lo enquanto houver injustiças, desequilíbrios e fanatismo.

A ideia de uma Humanidade Comum pode registar apenas um discurso de retórica se não houver empenhamento de todos, isto é, vontade de mudança nos países, nas nações, nos povos e nas pessoas individualmente. Mas também se não se encarar de outro modo os dogmas, o fanatismo, etc. É urgente encontrar outras formas que humanizem a Humanidade.

Pode-se enfim, ficar pela retórica se, acomodados ou embalados pela proposta de Obama, entendermos que ele é o Profeta que nos traz a Boa Nova e que a responsabilidade de mudar o Mundo está assente exclusivamente sobre os seus ombros.