20 abril 2009

afinal, cooperamos?

A eleição e tomada de posse do Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), já de acordo com os novos Estatutos, foi a primeira a ser realizada a nível nacional.
Este facto demonstrou a maturidade dos Órgãos de Gestão do IPP democraticamente eleitos e, sobretudo, evidenciou a disponibilidade e motivação de toda a comunidade académica em contribuir para o desenvolvimento e a afirmação do IPP na Região Norte Alentejana.
O discurso do Presidente, agora empossado, foi estruturado em função da esperança e da expectativa; em função do trabalho de muitos e do apoio de todos. Teve a oportunidade de referir os elementos de sucesso, do mesmo modo que enunciou as dificuldades. Apelou ao envolvimento, parcerias, cooperação por toda a Região.
Numa altura em que muitas coisas irão mudar no Ensino Superior Público, conforme informações públicas neste fim-de-semana pelo ministro da tutela, estão criadas as oportunidades, porventura as únicas, para se criarem as redes de parceria, de cooperação, de intercâmbio, mas também de solidariedade.
O apelo que o responsável do IPP lançou não foi ouvido pelos responsáveis políticos, sobretudo pelas Autarquias da região onde o Instituto se encontra implantado. Apenas três Câmaras, de catorze, estiveram presentes na tomada de posse do Presidente do IPP.
Creio ter chegado a altura, e já aqui o referi bastantes vezes, de se deixar de pensar que uma Instituição de Ensino Superior na Região Norte Alentejana não é exclusiva, portanto património, da cidade de Portalegre, apenas porque tem o nome desta cidade. O IPP é de toda a Região e é neste contexto que as dinâmicas interactivas se deverão concretizar.
Mais de 80% dos seus licenciados estão em actividade na região. Uma qualificação profissional em diversos campos de actividade que, com estratégias de desenvolvimento consertado, poderia ser uma aposta colectiva de enriquecimento e desenvolvimento regional.
Não faz sentido a Região (o poder local, as associações, as instituições, as empresas, as escolas e as pessoas individualmente) ignorar a importância que o IPP tem neste espaço geográfico, como aliás outras instituições, quando estas são pólos privilegiados de desenvolvimento regional.
Não faz sentido a Região (o poder local, as associações, as instituições, as empresas, as escolas e as pessoas individualmente) ignorar o conjunto de excelência que o IPP pode hoje proporcionar neste Território ao nível do conhecimento, do saber, da técnica, da ciência, da arte e da cultura, pela qualidade, em progressão, do seu corpo docente, pela partilha dos seus recursos e por um projecto, seguramente comum, de desenvolvimento regional.
O meu maior desejo: que o IPP se afirme como o espaço de referência de desenvolvimento.
A minha maior expectativa: que a Região (o poder local, as associações, as instituições, as empresas, as escolas e as pessoas individualmente) mostre, claramente, vontade de cooperar activamente com o IPP e que ambos transformem o Norte Alentejano numa região de sucesso, onde o futuro, bom, seja já amanhã.