25 abril 2008

EVOCAÇÃO AO 25 DE ABRIL DE 1974

Hoje é dia de evocarmos o dia 25 de Abril de 1974.

Para aqueles e aquelas que o viveram emergem memórias que os projectavam para um mundo novo e melhor. Hoje restam as certezas de um mundo novo sim, mas com défices na dignidade humana.

Para aqueles e aquelas que não o viveram, os mais jovens, há a certeza de que o mundo mudou, aliás, de que está sempre em mudança. Todavia, a sua convicção é a de terem de conviver com os paradoxos que apelam a valores diferentes todos os dias, em percursos sinuosos de sobrevivência, levando a que cada um(a) construa o seu percurso de esperança.

As portas que Abril abriu” foram generosas a um "país plantado à beira mar", mas que não soube afirmar a sua liberdade em causas de desenvolvimento e crescimento. Não soube ou não quis conquistar o melhor que o colocasse na vanguarda do mundo em toda a sua dimensão.

Quem faz o país somos todos nós, os que nasceram cá e os que para cá vêm procurar uma vida melhor. Teremos de ser todos nós a dizer Basta!
Não nos queremos rever, definitivamente, naqueles que têm ocupado sempre o espaço da decisão, onde decidem mal. Não acreditamos naqueles que tiram proveito próprio do bem colectivo.

Pensando no 25 de Abril de 1974, revejo-me naqueles e naquelas que são solidários(as) e que lutam diariamente pelo bem-estar comum.
Pensando no 25 de Abril de 1974, acredito naqueles e naquelas que sonham e conquistam a sua felicidade a partir de uma ideia, e de uma prática, de generosidade, de honestidade, de partilha e de justiça social.

Daqueles e daquelas capazes de assumirem o direito da igualdade de oportunidades para todos.

Daqueles e daquelas que continuam a acreditar que ainda vamos a tempo de fazer um país novo.
Esses, felizmente, são a maioria.